Comece a perceber o que importa

Murillo Leal
3 min readJul 20, 2022

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Sempre tenho muitas conversar no decorrer dos dias com muitas pessoas diferentes, sobre coisas aleatórias da vida. Aqui vai mais uma coletânea de pensamentos que desenvolvi durante essa semana e que podem te ajudar com alguma coisa.

  1. Gosto de pensar que ter autoestima é justamente a habilidade de se perceber como imperfeito, e ainda assim ter uma admiração por quem as suas falhas, defeitos e erros te fizeram ser.
  2. Sempre desconfio da humildade de quem se diz exigente demais para tudo. Existe uma longa distância entre ser minucioso nas escolhas e ser incontentável nas opções. Talvez o seu suposto requinte seja apenas a mais pura presunção de que não há ninguém tão bom para você. A última bolacha do pacote geralmente é a mais quebrada da embalagem.
  3. Não há cura maior para a falta de intimidade entre pessoas do que poder usar as palavras livremente sem se sentir julgado ou ofendido. Quando criamos um ambiente seguro para reunir palavras espontâneas, formamos uma confraria desobrigada de frases soltas, e vivemos num lugar onde a confiança e pessoalidade se convertem intencionalmente num desembaraço das relações.
  4. Quando alguém admite que todo sinônimo de felicidade é a plena realização dos desejos, ela acredita não haver nada mais importante do que a corrida pelo prazer a todo custo. Nesse sentido, a sua obsessão pela alegria interminável não a deixa ver nada além do que ela mesma.
  5. Percebi que o problema das redes sociais não está em postar tudo que acontece, mas está na resposta que as pessoas esperam disso. Elas realmente acreditam que sua felicidade está na narrativa criada e não na realidade concreta do que vivem. Este é o engano mais bobo: não se ver como é.
  6. Assim que fiz questão de silenciar e afastar pessoas — mesmo as próximas — que sempre querer mostrar vida perfeita, recuperei a sanidade. Ainda as amo, mas não quero a narrativa delas sobre elas, me interesso mais em conviver com o mundo caótico, relacional e real em que estamos fora dali.
  7. Se a gente não tem o hábito de gerenciar nossas vontades, a nossa vida se resume entre a ânsia de ter e o tédio de possuir algo. Nesse jogo, a ansiedade e o desgosto nos dominam. Aprender a administrar sentimentos ruins e ter disciplina significa atuar na possibilidade da sua rotina sendo merecedor da sua própria confiabilidade.
  8. Quando temos a coragem de admitir que podemos ser desimportantes para os grandes acontecimentos, descobrimos o impacto que podemos ter no micromundo. Se vemos um alto potencial em afetar o que está perto, deixamos de querer promover grandes coisas e trabalhamos para fazer das coisas banais algo realmente importante e interessante.
  9. Se não houver um espaço de tempo entre desejar algo, tomar ações voltadas para um comportamento que leve até ele e a gratificação pelo objetivo alcançado, estamos criando um péssimo sistema de conquistas. Andar em velocidade alta, mesmo com segurança, sempre é um risco.
  10. O mais importante de todas num diálogo consigo é não esconder as nossas intenções mais sombrias, não boicotar nossas deliberações mais sensatas, não criar um plano de execução baseado em abstinências e não fugir das consequências das nossas decisões.

Alguma dessas coisas fez sentido para você? Leia mais uma vez. Seria uma alegria se quiser me contar como isso o impactou.

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Written by Murillo Leal

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