Ela não conseguia ser a super-heroína de todos

Murillo Leal
aspequenascenasdavida
2 min readJan 24, 2024

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Desde menina, apesar de não saber datar ao certo, ela se viu navegando nas águas turbulentas da autoexigência, sempre ajustando suas velas na tentativa de captar os ventos da aprovação alheia. Ela buscava ser a filha perfeita, a amiga exemplar, a estudante modelo, moldando cada sorriso, cada palavra, cada ação, na esperança de compor a imagem perfeita que acreditava ser necessária para ser aceita e amada.

Em cada reunião social, cada interação, cada ambiente acadêmico, ela apresentava uma versão de si mesma cuidadosamente construída, uma fachada que escondia a ansiedade e o medo de não ser suficiente. Era como se ela estivesse dançando ao som de uma melodia que nunca estava em sintonia com a música de sua própria alma.

Mas, meus queridos, chegou um momento de revelação, um instante de profunda clareza, quando essa pessoa percebeu que a incessante busca pela perfeição e o constante esforço para agradar a todos não eram o único caminho, nem o mais saudável. Ela começou a entender que a vida, com sua rica tapeçaria de experiências, oferece muito mais do que a incessante busca por aprovação.

Com essa percepção, ela decidiu que não queria mais viver sob o peso esmagador das expectativas alheias. Não mais se esforçaria para moldar cada aspecto de sua vida para se encaixar nos ideais de perfeição impostos por outros. Ah, quantas vezes ela se apresentou nesse palco de ilusões, e quantas vezes se sentiu exausta por essa constante representação.

Ela entendeu, então, que é permitido parar. É permitido respirar profundamente e abraçar a própria autenticidade, reconhecendo que a verdadeira beleza da vida reside na imperfeição. A constante tentativa de ser perfeito, de agradar a todos, é uma jornada que pode drenar a alma. E, após tantas tentativas, tantos sorrisos forçados, tantos ‘sims’ quando seu coração sussurrava ‘não’, ela decidiu buscar a paz.

Agora, ela deseja viver cada dia com a autenticidade de quem aceita suas imperfeições. Quer rir com sinceridade, expressar suas opiniões com coragem e aceitar seus erros como parte de seu crescimento. E, se as pessoas decidirem acompanhá-la nesse caminho, que seja por quem ela verdadeiramente é. Que a aceitação venha naturalmente, pois o caminho da perfeição já foi percorrido. Agora, ela escolhe o caminho da verdade, caminhando com passos autênticos e coração aberto. Tentando, tentando.

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Murillo Leal
aspequenascenasdavida

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